Internet: sites de busca vão começar a cobrar pelo serviço
Em 2000, o Yahoo!, mais conhecido mecanismo de busca do mundo faturou 1,1 bilhão de dólares. Em 2001, 717 milhões. A queda brusca se espalha por todos os sites do tipo e tem a ver, por exemplo, com o recuo da publicidade online.
O jeito é procurar maneiras alternativas de ganhar dinheiro. O Yahoo! agora cobra para empresas que queiram agilizar sua entrada no banco de dados comercial, cobra para usuários que queiram mais espaço de disco no webmail, não há serviço gratuito que não tenha uma contrapartida melhorada com uma etiqueta de preço.
Nessa esteira, o Yahoo! com a nova aquisição do mais popular sistema de busca da Internet Brasileira, o Cadê, amplia as chances de rentabilizar o projeto cobrando diria – alguns trocados – para que você fique mais perto da informação e perca menos tempo.
Nessa selva das ponto.com, os buscadores tiveram que descolar táticas de sobrevivência. Há algum tempo, a palavra “cobrança” causava alergia ao internauta. Hoje, no entanto, o bicho não parece mais tão feio. Se fosse, o Yahoo! não estaria pegando carona. E já tem gente propagando por aí que os sites de busca especializada, como oferece agora o Yahoo!, facilitam muito mais a vida. Segundo estudo da Jupiter Media Matrix, as pessoas resolvem suas pendengas virtuais 50% mais rápido do que nos serviços tradicionais.
Até quando essa ética mantém na lona as finanças, é que ninguém sabe.
O pior é acreditar que um pouco mais adiante, o internauta terá que navegar com o número de seu cartão de crédito a vista…
É esperar para ver.
Os sistemas de busca na rede
O Yahoo! faz um tipo bem particular de índice da rede que é humano. Não promete quantidade, mas garante que alguém viu aquela página e achou que valia ser incluída. De quebra, hierarquiza a informação em diversos níveis facilitando o encontro. O fato de que é sempre muito mais rápido encontrar lá a página de uma organização ou detalhes sobre o maior craque de futebol da Índia é o que garante seu sucesso.
Do outro lado estão os robots, os sites automatizados, do qual o Google é o mais bem sucedido e Altavista e Lycos alguns dos mais conhecidos. Funcionam de maneira diversa, rodando um programa que vai vasculhando os sites pelo mundo afora seguindo link após link até que o máximo possível da rede tenha sido coberto. Se não é um site mas uma informação mais específica o objeto da procura, é para eles que se segue.
O resultado é que cada vez mais acumulam-se os serviços de busca num mercado que torna-se mais competitivo, é cruel com quem tem um bom produto e impiedoso com os pequenos. Afinal, o dinheiro anda pouco. Não bastasse, ainda entram no esquema sites de metabusca, que oferecem um terceiro tipo de serviço que, embora aparentemente útil, no fim canibalizam tudo.