A entrada de investimentos externos diretos líquidos no país somou US$ 1,530 bilhão em junho, informou o Banco Central (BC). Em junho de 2001, o volume de entradas ficou em US$ 1,093 bilhão. Os investimentos diretos foram mais do que suficientes para financiar o déficit de transações correntes do mês passado, de US$ 1,294 bilhão.
No acumulado do primeiro semestre, os ingressos de investimentos diretos somam US$ 9,617 bilhões. O montante é inferior ao acumulado no mesmo período de 2001, que foi de US$ 9,9 bilhões. Foi o suficiente, porém, para cobrir o déficit em conta corrente do intervalo, de US$ 8,281 bilhões.
Os dados levam em conta também os empréstimos intercompanhias, aqueles feitos pela matriz da multinacional para a subsidiária brasileira. Além disso, abatem as remessas feitas por conta de ganho do capital investido. Os empréstimos intercompanhias marcaram saída de US$ 837 milhões no mês.
O chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes, projetava fluxo de investimentos diretos próximo a US$ 1 bilhão para o mês de junho e ingresso de US$ 9 bilhões no primeiro semestre.