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Itens de higiene pessoal e beleza rendem R$ 17,5 bi

Quem trabalha com produtos de higiene pessoal e beleza acredita que este ano o varejo deverá crescer até 20% em relação a 2001. O setor, que inclui cosméticos, perfumarias e produtos de higiene pessoal, faturou R$ 17,5 bilhões em vendas no Brasil em 2001, informa a empresa provedora de informações e editora de estudos de mercado Datamark.

“A mulher brasileira se cuida e investe bastante em cosméticos até porque o Brasil é um país tropical em que a mulher se mostra mais”, comenta a gerente de marketing da rede de 21 lojas no Brasil Top Internacional, Flávia Barroso de Mello. Segundo Flávia, o mercado de cosméticos é um dos que tem maior tendência de crescimento no mundo, movido principalmente pela vaidade.

O fato de o Brasil ser um mercado forte no setor de higiene e beleza pode ser demonstrado pela presença de filiais de grandes empresas multinacionais do ramo no País, como a L'Oreal, a Shiseido do Brasil e a LVMH.

Atualmente, a grande tendência nas lojas desse segmento, de acordo com Flávia, é trabalhar com serviços.

A Top Internacional, por exemplo, oferece atendimento self-service em que o consumidor tem livre acesso aos produtos mas conta também com o auxílio de vendedoras. Além disso, as lojas da rede têm cabines de estética que oferecem tratamentos faciais e corporais pagos à parte ou dados como cortesia aos clientes.

A Top Internacional é voltada para o público de classes A e B, uma vez que trabalha só com marcas importadas “de prestígio” no mercado. “Dificilmente uma pessoa entra na loja e gasta menos de R$ 100”, afirma Flávia.

A gerente de marketing conta que os produtos mais vendidos nesse setor variam de uma região do País para outra.

Em locais mais frios, como São Paulo e Porto Alegre, os itens mais procurados são os de tratamento – principalmente cremes anti-rugas, e maquiagem – especialmente batons. Já em cidades mais quentes como Recife, compra-se mais perfumes.

As vendas da Top Internacional vêm crescendo em média 20% no primeiro semestre deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado, e a rede espera manter esse percentual até o final do ano. “Na loja do Recife o aumento foi maior, de 28%”, observa Flávia. Isso porque, para ela, apesar da alta do dólar os fornecedores não subiram seus preços.

Quem mais compra nesse segmento são as mulheres, que representam cerca de 80% da clientela desse segmento. “Os homens, em geral, procuram mais os perfumes”, informa Flávia.

Já na Zen, as vendas estão em baixa, com queda de 10% a 15% este mês, em relação a junho do ano passado, segundo a proprietária Clara Kose. Ela acredita que os motivos são a Copa do Mundo e as eleições.

A Zen é uma loja localizada no Shopping Ibirapuera, com cerca de 5 mil itens. “Temos desde marcas de prestígio até produtos com preço mais baixo”, diz Clara. Ela afirma que, no segmento de higiene pessoal e beleza, os consumidores compram o que está na moda. “Maquiagem é o que mais vende hoje”.

Além das lojas especializadas, os supermercados são também um importante canal de vendas desses produtos. No D'Avó Supermercados, por exemplo, o segmento de higiene pessoal e cosméticos responde por 8% do faturamento da rede, que é de R$ 280 milhões ao ano. Segundo o diretor comercial do D'Avó Supermercados, Martinho Paiva Moreira, as vendas desse setor estão estáveis na rede e os produtos mais procurados são os mais essenciais: sabonete (23% das vendas do D?Avó) e creme dental (17%).

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