Segundo levantamento do Procon, a taxa média de juros cobrada no empréstimo pessoal caiu de 5,72% em julho para 5,69% em agosto. Já no cheque especial, os juros permanecem nos mesmo patamares desde maio deste ano.
O levantamento mensal de juros bancários, feito pela Fundação Procon-SP, órgão de defesa do consumidor ligado ao governo estadual, detectou que a taxa média de juros mensal para o cheque especial manteve-se em 8,76% (sem alteração desde maio deste ano) e a taxa média para o empréstimo pessoal foi de 5,69% ao mês, inferior à de junho, que ficou em 5,72%.
Já com relação ao empréstimo pessoal a maior taxa mensal foi de 6,95%, do Itaú, e a menor 3,95%, da Nossa Caixa. As duas quedas constatadas foram promovidas no BBV e no Banco Real. O BBV alterou a taxa mensal de 4,50% para 4,20%. O Banco Real modificou a taxa de 6,20% para 5,95% ao mês. A única instituição financeira pesquisada que elevou a taxa do empréstimo pessoal foi o Santander, que alterou a taxa de 5,91% para 6,06% ao mês.
O Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central do Brasil) reduziu em julho a taxa básica de juros, Selic, para 18,00% ao ano, a qual permaneceu durante quatro meses em 18,50%. Apesar do cenário conjuntural preocupante, a decisão do Conselho Monetário Nacional de flexibilizar a meta de inflação para 2003, bem como a necessidade de reativar o crescimento econômico abriram espaço para redução da taxa de juros.
No curto prazo a queda de 0,50 ponto percentual da taxa Selic terá pouco efeito no custo do crédito ao consumidor. O resultado da pesquisa mensal da Fundação Procon-SP para as modalidades cheque especial e empréstimo pessoal demonstra cautela do mercado na interpretação dos fatos econômicos.
Verifica-se que os juros ainda continuam muito elevados e os técnicos de Estudos e Pesquisas da Fundação Procon-SP alertam para que o consumidor esteja atento e não ceda a impulsos consumistas, principalmente diante das facilidades oferecidas pelos bancos, tais como empréstimos pré-aprovados e aumento de limite do cheque especial.