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Maior pressão inflacionária este ano virá das tarifas públicas

Guarulhos, 28 de junho de 2002

O Banco Central considera a maior pressão inflacionária para este ano vem dos preços das tarifas públicas, especialmente energia elétrica, serviços de telefonia fixa e preço da gasolina. A projeção do BC, divulgada nesta sexta-feira no Relatório Trimestral de Inflação, de reajuste do conjunto das tarifas públicas para 2002 subiu de 6,8% (estimativa existente no relatório divulgado em março) para 8,1%. As tarifas são diretamente influenciadas pela desvalorização cambial e, por isso, foi elevada a previsão de IPCA que fechará este ano de 4,4% para 5,5%. Dos 8,1% de aumentos nas tarifas previstos para o ano, 3,6% já ocorreram até maio, segundo o relatório.

O BC espera que a maior parte do restante dos reajustes nas tarifas se concentre entre junho e julho. Em relação aos preços livres da economia, que são aqueles sobre os quais o governo não tem controle, o BC estima um crescimento de 4,6% para eles este ano. No relatório anterior, a previsão era de 3,4%. Para o BC, como os preços livres já aumentaram 2% em 2002,a inflação mensal média desses preços até o final do ano deverá ser inferior aos valores observados até maio.

Isabel Sobral