No primeiro dia da reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), os profissionais do mercado financeiro estão otimistas com a possibilidade de corte nos juros básicos da economia. O recuo da inflação nas primeiras prévias de janeiro e dados que indicam sinais de arrefecimento na velocidade de recuperação da atividade econômica poderiam gerar um ambiente favorável ao corte de juros. Mas o conservadorismo do Banco Central (BC), que prefere aguardar sinais concretos de queda inflação, pode postergar para a próxima reunião, em março, a esperada redução dos juros básicos da economia.
O consenso no mercado financeiro é de que o espírito conservador do BC deve prevalecer e os juros básicos serão mantidos em 19% ao ano, pelo sétimo mês consecutivo. Mas há quem aposte na adoção de um viés de baixa (tendência que permite o corte nos juros antes da próxima reunião do Copom), ou, até mesmo, uma redução de 0,25 ponto percentual. As projeções dos contratos de juros negociados na Bolsa de Mercadorias e Futuros ( BM&F ) entre março e julho já estão abaixo dos juros básicos da economia, de 19% ao ano. O contrato de março passou de 18,92% para 18,93% ao ano. Os juros para abril saíram de 18,84% para 18,85% ao ano. A taxa para julho passou de 18,82% para 18,78% ao ano. O Copom se reúne hoje para discutir o cenário macroeconômico e os impactos para a inflação. A meta de inflação para este ano é de 3,5% com a variação de dois pontos percentuais. Amanhã, após o fechamento do mercado financeiro, os diretores do BC anunciam a trajetória dos juros básicos da economia que vai vigorar até março.