Jim Caviezel está bem no papel-título, bem como o elenco coadjuvante, liderado por Guy Pearce e Richard Harris, o que confere força à produção e à história. Tudo indica que Conde deve se sair muito bem nos cinemas e melhor ainda em vídeo.
O roteirista Jay Wolpert demonstrou inteligência ao comprimir e reconstituir a obra, permanecendo fiel ao espírito da narrativa original de Dumas.
Para facilitar a compreensão das platéias modernas, ele consegue até mesmo lançar luz sobre as disputas das forças políticas, que se opunham na França do século 19, depois de Napoleão Bonaparte ser exilado na ilha de Elba.
O drama começa quando o jovem marinheiro Edmond Dantes (Caviezel) leva um navio repleto de companheiros para Elba, em busca de ajuda médica para seu capitão, que, infelizmente, morre. Ingênuo, Dantes aceita levar um recado de Napoleão para um dos amigos do exilado, na França.
De volta a seu país, Dantes retoma o romance com a bela Mercedes (Dagmara Dominczyk). Mas seu melhor amigo, Fernand Mondego (Guy Pearce), um libertino rico e amoral, também deseja a donzela.
Com a ajuda de Villefort (James Frain), Mondego mexe seus pauzinhos para que Dantes seja preso por tentar entregar o recado do imperador.
O herói é então aprisionado numa ilha, onde passa 13 anos sendo espancado e humilhado. Lá, ele faz amizade com o abade Faria (Richard Harris) e se junta a ele para construir um túnel de fuga. Enquanto isso, Faria lhe ensina a manejar uma espada e lhe explica onde encontrar um tesouro escondido há anos.
Dantes foge e acaba resgatando a fortuna na ilha de Monte Cristo. Em seguida, retorna à França sob o nome de Conde de Monte Cristo.
Disfarçado com sua nova identidade, ele lança uma trama complexa para castigar aqueles que o traíram. E, quando descobre que Mercedes, acreditando que ele tinha morrido, se casara com Mondego, sua sede de vingança só faz aumentar.