Nos últimos anos, a forma do trabalho e suas características modificaram-se, novas exigências passaram a ser requeridas dos trabalhadores e modernas técnicas de gestão são implementadas para administração dos recursos humanos. Todavia, a prestação de serviços continua sendo uma atividade exercida por pessoas, que somente estarão aptas a dar o melhor de si se estiverem devidamente motivadas, treinadas e comprometidas com os objetivos da organização.
Passados os primeiros quatro meses do ano, percebe-se que a economia dá sinais de maior vitalidade. Depois de superada a crise de energia e os efeitos do dia 11 de setembro, as empresas começam a realizar novos investimentos, apostando no crescimento dos negócios em seus respectivos setores.
É de esperar-se, portanto, que a maioria das empresas siga a mesma tendência: investimentos em tecnologia, produto, qualidade e redução de custos. Esta equação simples, que vem sendo adotada nos últimos dez anos, também vem trazendo resultados simples e até medíocres, pois não traz nenhuma inovação importante, nem contempla o verdadeiro fator de diferenciação entre as empresas: o capital humano. Isso mesmo. Alta tecnologia, produtos que atendam as expectativas dos clientes, qualidade e preço deixaram de representar vantagem competitiva, pois são o mínimo que uma organização deve apresentar ao mercado.
Portanto, o grande fator de desequilíbrio da concorrência está exatamente nos talentos que a empresa possui, nas pessoas que compõe a organização. E este não é um conceito meramente abstrato. Na verdade, as grandes corporações do mundo já vem adotando políticas de recursos humanos que possibilitam atrair, desenvolver e manter profissionais criativos, comprometidos com alto poder de aceitar desafios.
De uma forma geral, as empresas brasileiras perceberam essa necessidade, tanto é que as exigências feitas para as novas contratações de trabalhadores superam em muito aquilo que o mercado pode oferecer. Tanto assim que,
apesar do grande número de desempregados, há também uma quantidade enorme de vagas não preenchidas, por falta de candidatos qualificados. Mas explica-se esse fenômeno: além das deficiências educacionais, inerentes às condições sociais brasileiras, as empresas não têm adotado ferramentas que visem desenvolver os seus próprios talentos, partindo da premissa errônea de que “santo de casa não faz milagres”. Pelo contrário, a moderna Administração de Recursos Humanos oferece tecnologias que mapeiam o potencial das pessoas, levantam suas necessidades de treinamentos e ajudam a conciliar os objetivos da organização com os objetivos individuais de cada profissional. Desta forma, um grupo de colabores torna-se uma equipe coesa e motivada, tocada por novos desafios e pela possibilidade criar e implementar suas idéias.>
Portanto, este é o momento de realizarmos os investimentos necessários para o aproveitamento das oportunidades que certamente o mercado oferecerá. Todavia, a excelência na gestão de pessoas será o verdadeiro fator de diferença entres os concorrentes, razão pela qual o talento humano deve ser desenvolvido, valorizado e mantido, pois representa potencial estratégico para toda e qualquer organização.
Stewalter Soares Moraes é administrador de empresas, contabilista, sócio da Flaumar Assessoria Empresarial. Atualmente, é Conselheiro do CIESP -Guarulhos e Diretor Administrativo da ACIG e da AESCON-SP.