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O Quarto do Pânico

Guarulhos, 07 de junho de 2002

DivulgaçãoJodie Foster está de volta em um dos thrillers mais apavorantes dos últimos tempos. A estrela de O Silêncio dos Inocentes é dirigida por David Fincher (de Seven – os Sete Pecados Capitais e Clube da Luta) em O Quarto do Pânico, que estréia no fim de semana nos cinemas brasileiros depois de ter arrecadado US$ 95 milhões apenas nos Estados Unidos.

A história começa bem por conta do caráter curioso dos quartos de segurança incluídos em algumas mansões americanas, mas toma caminhos surpreendentes em mais de duas horas de ação ininterrupta. A história parte de uma premissa simples: Foster é uma recém-divorciada que se muda com a filha adolescente para uma mansão no bairro nova-iorquino do Upper West Side.

Ao visitar a propriedade pela primeira vez, as duas ficam surpresas em descobrir que há um “quarto do pânico”, uma salinha com paredes reforçadas de concreto e aço, monitores de câmeras que cobrem todos os andares, sistema de ventilação próprio, telefone separado da linha da casa, uma porta impenetrável e mantimentos para durar um mês.

Logo na primeira noite, elas acabam indo parar no quarto quando escutam o barulho de invasores. O problema é que os bandidos estão atrás do dinheiro que o antigo dono escondeu dentro do “quarto do pânico”. Começa então uma luta dos bandidos para tentar penetrar no lugar, enquanto as duas têm de se defender de várias maneiras. O roteiro não pára de surpreender.

“Eu me interessei em fazer esse filme porque fiquei intrigada de saber como as pessoas reagem em uma situação-limite”, diz Foster no material de divulgação do filme. “Você passa a se perguntar se enfrentaria a situação com coragem ou ficaria acuado em um canto.” Na trama, o personagem de Forest Whitacker é o funcionário de uma empresa de “panic rooms” que diz dominar o funcionamento do sistema de segurança.

A direção de Fincher, claro, é o tempero especial de Quarto do Pânico. O estilo dark do diretor, auxiliado por movimentações de câmera impressionantes (ele abusa dos estonteantes planos-seqüência, em que a ¿câmera¿ passa por dentro de buracos de fechadura), fazem do filme uma das melhores produções dos últimos tempos. “Além de toda a capacidade técnica, ele também é um excelente diretor de atores”, diz Foster. “Eu chegava a ficar envergonhada quando ele me mostrava como eu deveria fazer uma cena. Foi a melhor experiência que já tive em toda a minha carreira.”

Guto Barra/ Planet Pop