ACE-Guarulhos

Organizado pelo NJE, da ACE-Guarulhos, Start Talking discute o universo das startups

Por: Thaís Pereira

Na noite da última quinta-feira, 31/10, aconteceu a primeira edição do “Start Talking – O encontro das startups”, um bate-papo realizado pelo Núcleo Jovem Empreendedor (NJE), da ACE-Guarulhos, em parceria com o Urban Cowork, que sediou o evento, que contou com as presenças de especialistas ligados ao universo das startups: Arthur Braga, fundador e coordenador da BNZ for Startups, advocacia com atendimento especializado para startups; Fernando Belem, fundador do Reparô do Brasil; e DJ Bola, sócio proprietário da ANIP – Aceleradora de Negócios de Impacto da Periferia.

O diretor do NJE, Lucas Felipe, abriu o encontro e passou a palavra ao mediador Paulo Futami, CEO do Urban Cowork. Ele deu início à roda de conversa contando um pouco sobre sua experiência no ramo das startups, algo que para ele não deu muito certo. “Para fazer com que uma startup funcione é preciso 100% de dedicação. Eu e meus sócios tínhamos outros negócios, então não dávamos toda nossa atenção à plataforma”, afirmou.

Arthur Braga disse que para que uma startup não quebr, é preciso um crescimento rápido e muita demanda jurídica. Esse foi o insight que criou a BNZ. A advocacia especializada já atendeu mais de 200 startups no período de três anos e também oferece consultorias gratuitas. “Geralmente esses negócios não têm assessoria e outro problema é que a maioria dos advogados não sabem o que é uma startup. O intuito é ajudar as empresas a valorizar esse modelo de negócio. A gente não cobra por hora, criamos nossa própria moeda. As startups interessadas compram nossas moedas e a cada consultoria prestada é descontado um valor dessas moedas”.

Fernando Belem empreende no mercado digital há aproximadamente 4 anos e é dono do maior app de assistência técnica do país, o Reparô do Brasil. Segundo ele, existem mais 340 milhões de eletrodomésticos nas casas dos brasileiros e 18 milhões desses produtos quebram anualmente. “Eu vi pessoas próximas com problemas de assistência voltada para eletrodoméstico e percebi a possibilidade de transformar esse momento trágico em um momento mágico. Eu não criei uma simples plataforma que conecta o consumidor com uma assistência. O meu negócio é prover para o consumidor final 4 benefícios: praticidade, segurança, credibilidade e agilidade.”

Marcelo Rocha, mais conhecido como Dj Bola, começou sua trajetória produzindo eventos nas periferias e dando aulas de DJ. Fundou o movimento estudantil A Banca sem pretensão, mas não sabia que essa iniciativa teria um grande impacto na vida de quem vive nas periferias. Em 2007 conheceu a ARTEMISIA. Com a nova parceria elevou A Banca a um novo nível e deu vida a ANIP – Aceleradora de Negócios de Impacto da Periferia. “A aceleradora é uma parte de todo esse ecossistema. Eu venho do Jardim Ângela (na zona sul de São Paulo). Só neste distrito há 700 mil habitantes, a maioria consumidor de tecnologia. Meu objetivo é desconstruir a ideia de que a gente só consome e mostrar para a galera que dá para fazer negócio, dá pra ser protagonista”, garante. A ANIP é voltada para negócios de impacto na periferia e já ajudou 10 startups a entrarem no mercado, além de proporcionar consultorias, capacitação técnica e pessoal. “Eu busquei caminhos e conhecimentos para fazer o que eu amo e ganhar a vida com isso”.

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