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Outro aumento na luz

O governo está preparando uma nova fatura do racionamento para o consumidor pagar. O aumento extra de 2,9% na conta de luz, por conta das perdas das distribuidoras, não foi suficiente para cobrir o rombo do setor. A conta, desta vez, será para compensar o custo das empresas com publicidade, contratação extra de funcionários para cortes no fornecimento de energia, gastos com sistemas de informática para cálculo de metas de consumo e outras despesas para gerenciar o racionamento.

O repasse para as tarifas está previsto no artigo 20 da Medida Provisória 2.198-5, de 24 de agosto de 2001. No texto, o governo se compromete a transferir o saldo dos gastos das distribuidoras para as tarifas. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) deve divulgar, nas próximas semanas, a regulamentação sobre o assunto.

As distribuidoras se negam a apresentar o balanço dos gastos do racionamento, mas admitem estarem repassando à Aneel as primeiras planilhas com o detalhamento dos custos. A Light, por exemplo, lista pelo menos quatro programas implementados especialmente para o racionamento: investimento em material informativo, reforma no sistema de informática, contratação de funcionários e criação de um serviço de atendimento ao cliente. Como os gastos das empresas ainda não são conhecidos, não há uma previsão do impacto na tarifa de energia elétrica com mais este encargo.

A Aneel avalia que todas as distribuidoras devem entrar com pedido de ressarcimento.

CLARISSA LIMA

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