O PFL vai decidir se vota a prorrogação da CPMF depois de realizar reunião da sua bancada na Câmara. O encontro foi marcado para esta terça-feira, às 14h30, no plenário 10 da Casa. O presidente nacional pefelista, senador Jorge Bornhausen (SC), já confirmou presença.
O secretário geral do PFL, deputado José Carlos Aleluia (BA), afirmou que o
partido sairá da reunião com uma posição consensual. “No calor dos incidentes da semana passada, alguns companheiros decidiram discutir a votação dessa matéria”, disse. “Mas o PFL tem compromisso com a estabilidade e vai votar a favor”.
Aleluia só não confirma se o partido irá votar a proposta nesta semana. A reunião desta terça-feira vai justamente definir essa questão. “Precisamos
demonstrar para a opinião pública que não estamos mais sincronizados com os desejos do Palácio do Planalto”, afirma o pefelista, indicando que o partido está marcando posição.
O deputado disse ainda que o PFL vai continuar cobrando explicações sobre as circunstâncias em que ocorreu a ação da Polícia Federal (PF) no escritório da empresa Lunus, da governadora do Maranhão, Roseana Sarney.
“Além disso, precisamos deixar bem claro que ela não teve qualquer participação em negócios da Sudam”, disse.
Dedo tucano
Aleluia é um dos pefelistas que crê numa ação coordenada de um grupo de
tucanos contra a candidatura de Roseana à Presidência da República. Para
ele, o deputado Márcio Fortes (PSDB-RJ), suspeito de elaborar contra dossiê
contra Roseana, seria o líder do grupo. “As denúncias contra ele são
gravíssimas; é preciso investigar”, disse.
O parlamentar baiano afirmou, no entanto, que não irá ingressar com um pedido de investigação à Mesa Diretora sobre as ações de Fortes. “Por enquanto, ele é tão suspeito quanto a governadora Roseana Sarney”, disse.