ACE-Guarulhos

Pioram as projeções do mercado para 2003

As expectativas do mercado financeiro em relação ao ano que vem já começaram a se deteriorar. Há muito tempo inalterada, a média das projeções para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que baliza o sistema de metas de inflação do governo, para 2003, aumentou de 4% para 4,2%, pouco acima do objetivo a ser perseguido pelo Banco Central no próximo ano.

Ao mesmo tempo, a média das estimativas de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2003 foi reduzida de 3,50% para 3,45%. Ambas variações não são muito grandes, mas sugerem que o nervosismo do mercado, com impacto forte na cotação do dólar e dos títulos brasileiros no exterior e impedindo movimentos mais pronunciados de redução na taxa de juros básica (Selic), já começa a impactar o cenário econômico do primeiro ano do novo governo após os oito anos de Fernando Henrique Cardoso.

Os dados constam do boletim semanal Focus, pesquisa com cerca de 100 instituições financeiras realizada pelo BC. O levantamento também aponta para uma inflação mais alta neste ano, cada vez mais longe do teto da meta – 5,5% – estabelecida para 2002. A média das estimativas é de um IPCA em 5,81%, ante 5,72% na pesquisa anterior.

A deterioração nas expectativas da inflação neste ano também atinge outros índices. Para o IGP-M, que inclui os preços no atacado, a média das projeções aponta para uma alta de 7,16%, ante 6,83% na semana anterior. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), está previsto agora em 6,24%, contra 6,08%. Todo esse movimento tem origem na alta do dólar, cuja estimativa média é de encerre este ano a R$ 2,60.

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