Plano de saúde: empresas preferem reajuste menor
O diretor-executivo da Federação Nacional de Seguros (Fenaseg), Horácio Cata Preta, informa que todas seguradoras de planos de saúde optaram pelo o percentual mais baixo, de 7,69%, para o reajuste anual. Isso porque, as empresas que escolhessem o índice de reajuste de 9,39%, teriam que reajustar os valores das consultas médicas em 20%. “Como é mais econômico não cobrar 1,07% a mais que dar 20% de reajuste nas consultas, todas optaram pelo reajuste mais baixo”, afirmou Cata Preta.
Segundo o diretor-executivo da Fenaseg, a alta do dólar aumentou os custos das empresas de seguro de saúde no ano passado entre 10% e 15%, mais que o teto do reajuste permitido. A alta do dólar afeta as empresas do setor pelo encarecimento dos serviços médicos. “Um hospital que tem equipamentos comprados por leasing, que varia pelo câmbio, vai ter um encarecimento do custo e vai pressionar a seguradora para receber mais”, afirma.
A desvalorização do real também aumenta o preço de órteses e próteses usadas em atos cirúrgicos e o preço dos remédios, que segundo Cata Preta, na maioria dos casos, têm insumos importados. “Este impacto não é imediato, mas começará tão logo o hospital esgotar o estoque de remédios e de próteses porque, na recomposição, os produtos podem vir com preços mais altos e, em geral, os hospitais trabalham com estoques curtos”, explica o diretor-executivo da Fenaseg.
Adriana Chiarini