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PM recebe ameaça ao prefeito de Guarulhos

Guarulhos, 22 de janeiro de 2002

SÃO PAULO e BRASÍLIA. A Polícia Militar de Guarulhos, na Região Metropolitana de São Paulo, recebeu uma mensagem anônima alertando sobre um possível atentado contra o prefeito da cidade, Elói Pietá, do PT. Pietá tem perfil semelhante ao dos dois prefeitos petistas assassinados nos últimos meses: é um nome em ascensão no partido e governa uma das maiores cidades de São Paulo. Guarulhos é a segunda maior cidade paulista.

O telefonema foi feito por volta das 11h de domingo para o sistema 190 da Polícia Militar a partir de um telefone público de Guarulhos. Poucas horas depois, o próprio prefeito foi informado da ameaça pelo tenente-coronel Jaime Bastos. A assessoria de Pietá confirmou que ele vem sendo ameaçado de morte há mais de dois anos, desde que presidia a Comissão de Segurança Pública da Assembléia Legislativa paulista. As ameaças teriam se intensificado há quatro meses, depois do assassinato do prefeito de Campinas, Antônio da Costa Santos, o Toninho do PT. Mas Pietá decidiu não torná-las públicas para não atrapalhar as investigações da polícia. Agora, o prefeito de Guarulhos teme ser a próxima vítima.

A executiva nacional do PT recomendou que todos os políticos do partido que exercem cargos públicos reforcem a segurança.

E-mail diz que Celso Daniel iria sofrer

O Senado recebeu na noite de sábado uma mensagem de correio eletrônico em que o suposto grupo Forças Armadas Revolucionárias Brasileiras (Farb) diz que estava com o prefeito de Santo André, Celso Daniel, e que iria mantê-lo vivo se o Ministério da Justiça reconhecesse que as Farb existem. O autor da mensagem avisava que iria fazer Daniel sofrer, mas que pretendia lhe dar mais uma chance, desde que tivesse atendida a sua reivindicação.

A mensagem, enviada às 21h31m de sábado, hora em que provavelmente o prefeito de Santo André ainda estava vivo, foi encarada com reservas pela Polícia Federal (PF) que investiga a série de e-mails com ameaças a senadores do PT.

Lobão pede rigor no combate à violência

O presidente em exercício do Senado, Edison Lobão (PFL-MA), mesmo tratando o assunto com cautela, acha que o governo deveria se empenhar na investigação do assassinato de Celso Daniel para que ficasse afastada a possibilidade de crime político. Ele pediu mais rigor no combate à violência:

” Essa investigação tem que ser conclusiva.