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Premonição 2

Guarulhos, 13 de junho de 2003

ImagemNo filme, um grupo de estudantes embarca numa viagem à Europa. Porém, momentos antes da decolagem, um dos jovens tem uma visão de um terrível acidente que mataria a todos naquele avião. Desesperado, consegue voltar ao aeroporto, carregando consigo um grupo de amigos. Momentos depois, o jato explode, deixando os sobreviventes com a impressão de que teriam enganado a morte. Todavia, o “destino final” não pode ser driblado tão facilmente e a morte começa a cobrar as almas desgarradas uma a uma. Segue-se um festival de criativas explosões, decapitações, eletrocuções e enforcamentos. No final do filme, fica claro entre os sobreviventes que ninguém se salvaria.

Porém, como é freqüente nesse gênero de produção, uma continuação foi planejada. Em Premonição 2 (Final Destination 2, de David R. Ellis, 2003), somos apresentados a um novo grupo de teens e a premissa se repete. Prestes a entrar numa auto-estrada, a jovem Kimberly (A.J. Cook) tem uma visão de um terrível acidente rodoviário, no qual um caminhão carregado de toras de madeira causa um engavetamento monstruoso. As mortes são sangrentas e assustadoramente realistas. Tal qual o “sortudo” do primeiro filme, Kimberly volta do transe a tempo de evitar que uma dezena de carros entre na estrada. Minutos depois, começam as explosões.

A partir daí, o filme diverge de seu antecessor de maneira interessante, quando o grupo, temendo que cada um de seus passos seja o derradeiro, passa a explorar os acontecimentos do primeiro filme através de sites na internet. Neles, acabam descobrindo que existe ainda uma última sobrevivente do fatídico vôo que vitimou toda uma classe: Clear Rivers (Ali Carter). A garota, que pode ser a chave para que todos consigam escapar da morte iminente, está sendo mantida por vontade própria numa instituição psiquiátrica de segurança máxima.

Premonição 2 é despretensioso. Não tem os rasos questionamentos filosóficos do filme original e é exatamente isso que o torna superior ao primeiro. Os produtores parece que se contentaram em mostrar acidentes que de tão criativos e surreais ficam até divertidos. Não se trata do tipo de violência do cotidiano, que assusta.