O comportamento do consumidor vem mudando gradualmente quando o assunto é presente de Dia das Mães. Há alguns anos o movimento em direção a agrados pessoais vem aumentando, em detrimento aos conhecidos “presentes para a casa”. Tudo isso porque o perfil das famílias também está mudando.
Antigamente a figura da mãe não era vista como a de uma pessoa encarnando esse papel. A mãe era tão somente a gerente do lar, responsável pela criação dos filhos e por manter a casa em ordem. Por isso os presentes sempre variavam de panelas a batedeiras passando pelo liquidificador. Presentão era uma máquina de lavar novinha em folha.
Hoje mudou. As mães estão antenadas e conectadas ao mundo online. Usam a internet tanto para lazer nas redes sociais, como para consumo nas lojas de e-commerce. Além disso, usam a internet para pesquisar e trocar informações sobre assuntos do dia a dia.
Há, ainda, outro fator importante: após a entrada em peso das mulheres no mercado de trabalho, elas estão assumindo cada vez mais o protagonismo na chefia da família – papel que antes era exclusivo dos homens. Se não chefiam a família, dividem igualmente as decisões sobre a direção da casa.
Diante desse novo quadro, alterado principalmente pelas mães mais jovens, de até 40 anos, o mercado entendeu que estava mais do que na hora de mudar a abordagem e mostrar aos filhos e maridos que a mãe é uma mulher com a sua própria individualidade e gostos, que gosta de se arrumar, maquiar, sair para jantar, que tem seus interesses pessoais como qualquer outra pessoa.
Por isso, todo mundo percebeu, já há algum tempo, que o perfil do consumo mudou no período de Dia das Mães. Se antes o negócio era comprar equipamentos modernos para a casa e, dessa forma, facilitar o trabalho da mãe, o entendimento (correto) é valorizar a mãe, a mulher.
Não que a casa, leia-se família, não mereça uma casa bem equipada. Mas aí é a família toda que vai ser beneficiada. Porém, a mãe merece todo carinho especial que é só dela.