Nem diamantes nem carros embrulhados em fita de cetim. Os “presentinhos” e as “lembrancinhas” vão ser a tônica do Dia dos Namorados deste ano, que será comemorado na quarta-feira, segundo a ACSP (Associação Comercial de São Paulo). Levantamento feito pela entidade mostra que houve um crescimento de 8,8% no período de 1 a 9 de maio nas consultas ao UseCheque em relação ao mesmo período de 2001.
O serviço é usado como indicador das vendas à vista ou pré-datadas, usadas pelos consumidores para comprar presentes de menor valor, como CDs, perfumes, chocolates, entre outros.
As vendas a prazo, que indicam as vendas de maior valor, caíram 5,6% na mesma comparação.
“Os presentinhos vieram para ficar. Enquanto o governo não reduzir as taxas de juros, o consumidor não poderá fazer gastos maiores, pois a massa salarial não aumenta e o prazo de pagamento do crediário está cada vez menor”, disse o presidente da ACSP, Alencar Burti.
Segundo ele, a elevação das taxas de juros reduz o prazo de pagamento das compras a prazo, pois o risco de inadimplência é maior num cenário de retração dos salários dos consumidores.
O prazo médio do crediário no comércio, que já chegou a 14 meses, está em 9 meses, segundo a ACSP.
Apesar da queda, Burti acredita num crescimento de 2% nas vendas do Dia dos Namorados, a quarta maior data para o comércio. “O brasileiro sempre acaba deixando para fazer compras na última hora. Até para o namorado.”
FABIANA FUTEMA