O presidente da Associação Comercial e Empresarial de Guarulhos (ACE-Guarulhos), Silvio Alves, afirmou ter ficado bastante satisfeito com a reunião virtual entre representantes de entidades comerciais paulistas e o governador de São Paulo, João Doria, realizada na última quinta-feira, 22/04.
Durante a videoconferência, em que a ACE-Guarulhos e as demais entidades do estado foram representadas pelo presidente da Facesp (Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo), Alfredo Cotait, os participantes discutiram medidas para amenizar os impactos negativos da Covid-19 na economia paulista, bem como impedir a disseminação do coronavírus nos estabelecimentos comerciais.
As entidades solicitaram, entre outras coisas, que o governo não volte a exigir que os comerciantes trabalhem de portas fechadas, mesmo em fases mais restritivas do Plano SP. Segundo Silvio Alves, este “abre e fecha” do comércio gera ainda mais instabilidade, o que prejudica empresários e consumidores.
“Desde o ano passado, quando os primeiros casos de Covid-19 foram registrados no Brasil, os comerciantes têm se esforçado para construir um ambiente seguro em suas lojas, seguindo as orientações das autoridades sanitárias, como a disponibilização de álcool em gel, a exigência de que todos utilizem máscaras nos estabelecimentos, entre outras ações”, disse o presidente da ACE-Guarulhos.
Ainda de acordo com Silvio, em Guarulhos, por exemplo, a associação promoveu diversas campanhas para conscientizar a população. “Não há dúvidas de que se os protocolos forem obedecidos à risca no comércio, conseguiremos preservar vidas, que é a prioridade de todos, e empregos. Ainda mais agora, que a vacinação já está em curso no país”, destacou o dirigente.
Outro pedido das entidades ao governo foi a definição do horário de funcionamento do comércio, conforme a realidade de cada região paulista, ou seja, sem que haja uma regra padrão como acontece atualmente. A proposta é para a criação de microrregiões dentro do plano de retomada.
Para o presidente da ACE-Guarulhos, com a aproximação do Dia das Mães, uma das melhores datas para o comércio brasileiro, o ideal seria que as lojas pudessem ficar abertas por mais tempo. Desta forma, segundo Alves, não haveria aglomeração e os comerciantes, por sua vez, teriam uma maior possibilidade de recuperar parte do faturamento perdido durante as fases mais restritivas, quando tiveram que ficar de portas fechadas.
Além da sugestão destas medidas, a manutenção do delivery e do take-away (pegar no local e sair rapidamente), em qualquer circunstância, foi mais uma proposta defendida pelas entidades durante a reunião com Doria. Outra solicitação foi para o governo avaliar um programa de recuperação fiscal, um Refis, principalmente para os débitos acumulados durante o período de pandemia.
Doria
O governador informou que a tendência de momento, com a estabilidade dos casos e mortes da Covid-19, após o período de restrição mais rígida, é que o comércio não feche novamente. Contudo, ressaltou que a decisão caberá ao comitê de saúde. Doria também confirmou que o delivery e o take-away não serão mais proibidos, em nenhuma circunstância.
Doria classificou o pedido de postergação de impostos como “razoável, justo e viável”. “Vamos debater esta proposta durante uma reunião com o secretário Henrique Meirelles (Fazenda) e sua equipe”, informou.