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Racionamento derrubou setor de higiene pessoal

No ano passado, os brasileiros compraram menos produtos de higiene pessoal, como sabonetes e xampus. Em contrapartida, houve um aumento na venda de perfumaria, segundo a Abihpec (Associação Brasileira de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos). “Pode ser que devido ao racionamento, as pessoas tenham sido obrigadas a se perfumar mais e a reduzir o número de banhos”, disse brincando o presidente da Abihpec, João Carlos Basilio da Silva.

Ele não soube explicar o motivo exato da migração do consumo de higiene pessoal para perfumaria, mas acredita que o racionamento de energia possa ser um deles.

Outro fator, segundo Basilio da Silva, é o esforço da indústria brasileira de perfumaria de reduzir os preços para o consumidor e oferecer produtos cada vez mais sofisticados. “O mercado globalizado nos obrigou a oferecer produtos cada vez mais competitivos e com padrões de qualidade internacional. Em 1992, os importados respondiam por 18% do nosso mercado. Hoje, essa participação não passa de 8%.”

Números da Abihpec mostram que a indústria de higiene pessoal vendeu no ano passado 883 mil toneladas em produtos, uma queda de 3,6% em relação a 2000. No entanto, o faturamento do setor atingiu R$ 5,2 bilhões, um aumento de 7,4% em relação a 2000.

Já a indústria de perfumaria vendeu 24 mil toneladas em produtos no ano passado, um incremento de 26% na comparação com 2000. O faturamento do setor atingiu R$ 1,2 bilhão, um aumento de 18,7%.

No ano passado, a indústria de cosméticos vendeu 49 mil toneladas em produto, que correspondeu a um faturamento de R$ 1,9 bilhão. O resultado representa um aumento de 10,85% em tonelagem e de 14,8% em faturamento na comparação com o resultado de 2000.

FABIANA FUTEMA

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