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Remédio pode ter aumento de até 486%

Vinte e oito laboratórios de medicamentos estão reivindicando novos reajustes para alguns de seus produtos. Os pedidos de reajustes variam de 0,79% a 486%, segundo levantamento realizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). De acordo com a Assessoria de Imprensa da Agência, os fabricantes alegam que a alta do dólar está provocando aumento nos custos com matéria-prima e também com embalagens. Mas a Assessoria de Imprensa da Anvisa já informou que dificilmente o governo vai ceder um aumento além do reajuste de 4,32% concedido em janeiro deste ano.

O presidente da Associação Brasileira de Indústria Farmacêutica (Abifarma), Ciro Mortella, destaca que alguns fabricantes estão pedindo reajuste para casos isolados. “Não existe nenhum pleito do setor para pedir um aumento unificado. Mas existem casos particulares de algumas empresas que reivindicam aumentos para alguns de seus produtos”. Mortella destaca que os pedidos de aumento não refletem a posição oficial da Abifarma.

O presidente do Instituto Brasileiro de Defesa dos Usuários de Medicamentos (Idum), Antônio Barbosa, disse que os consumidores devem ser contrários a novos reajuste e que alguns medicamentos estão com preços superfaturados.

“Remédios com o mesmo princípio ativo e de diferentes laboratórios possuem grandes diferenças de preços. O correto seria realizar um reajuste diferenciado, ou seja, o porcentual de aumento variaria acordo com o princípio ativo”, defende Barbosa.

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