Risco argentino explode, BC alivia dólar.
O risco-país da Argentina voltou a explodir esta manhã e o mercado financeiro reagiu, mais uma vez, com pessimismo: venda de ações e corrida à proteção do dólar.
O governo vendeu títulos cambiais logo cedo. O primeiro leilão fracassou devido à oferta de papéis de longo prazo, com vencimento em 2004, pós-FHC.
A incerteza política sobre a sucessão presidencial fez o mercado pedir juros bastante altos. Resultado: nenhum papel foi vendido, obrigando o anúncio de mais um leilão.
O segundo teve sucesso, pois o resgate dos títulos ofertados estava previsto para o próximo ano. As cotações cederam, reduzindo o ritmo de alta. No final da manhã, o comercial estava em alta de 0,29%, vendido a R$ 2,731, após bater a máxima de R$ 2,745.
A Bovespa seguiu em baixa, com as ações da Telemar, as mais negociadas, liderando as desvalorizações. Ontem à noite, a companhia anunciou que alterou o critério de provisão e reversão de crédito, em um ajuste estimado em R$ 626 milhões.
Às 13h03, o Ibovespa perdia 0,26%, aos 10.206 pontos, com volume de R$ 220,1 milhões.
O destaque positivo foi o papel PNB da Aracruz, maior alta, refletindo o anúncio de ontem à noite de venda de 28% de seu capital votante para a VCP (Votorantim Celulose e Papel).
As ações da Embraer tiveram a segunda maior alta – ainda recuperando perdas anteriores.
A alta do dólar e a possibilidade de contar com o contrato de US$ 3 bilhões para reaparelhar a FAB (Força Aérea Brasileira) ajudam a compensar as avaliações negativas sobre os efeitos da crise mundial da aviação.