O Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) de Guarulhos informa que o rodízio de um dia com água para um dia sem água está prejudicado para cerca de 160 mil moradores da região Pimentas, em Guarulhos, que recebem água do Sistema Alto Tietê . Isto porque a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) reduziu a vazão de água fornecida ao município por esta entrada. Nas últimas 24 horas, a redução foi de 50% em média. Diante disso, o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) de Guarulhos estuda outras formas de rodízio que garantam o abastecimento na cidade.
A autarquia municipal enviou ofício à Sabesp solicitando informações sobre a redução imposta à cidade, mas até o momento não obteve resposta. Por conta dessa oscilação, há dificuldades para fazer cumprir o rodízio implantado para toda cidade em 14 de março deste ano, quando a companhia estadual já havia reduzido a oferta de água advinda do Sistema Cantareira. Como o sistema é interligado e dinâmico, funcionando de acordo com o consumo, toda população é atingida pelo rodízio, já que o Saae de Guarulhos adota por prática distribuir de forma justa a água disponível, não havendo regiões privilegiadas em detrimento de outras.
O sistema de abastecimento de água do município atende 99,5% (SNIS 2012) da população. Cerca de 13% da água disponibilizada provém de sistemas produtores próprios, operados pelo Saae, que utilizam captações superficiais e subterrâneas (poços profundos), e os restantes 87% do Sistema Adutor Metropolitano, operado pela Sabesp (dos quais 62% do Sistema Cantareira e 25% do Sistema Alto Tietê).
A cidade de Guarulhos está localizada numa região de rios com pouca água, por isso é obrigada a comprar água por atacado da Sabesp; os 13% que produz equivalem ao limite da produção possível. Para aumentar esta produção seria necessário captar água em rios fora do limite municipal, para o que o Saae está solicitando autorização ao DAEE, não tendo sido atendido até o momento.
O sistema distribuidor, composto por reservatórios, redes principais e secundárias, estações de bombeamento e demais dispositivos, está plenamente estruturado, tendo sido significativamente ampliado nos últimos anos. O rodízio, portanto, deve-se exclusivamente à pouca disponibilidade de água.