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Sebrae lança programa Líder Solidário

Guarulhos, 29 de julho de 2002

No lançamento do programa Líder Solidário, o presidente do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), Sérgio Moreira, afirmou que os brasileiros vivem situação semelhante a da Itália, há 30 anos, quando aquele país começou o processo para se transformar em uma das potências mundiais.

“Podemos fazer uma revolução com o desenvolvimento das micro e pequenas empresas, tal qual aconteceu entre os italianos, que souberam criar mecanismos de incentivo aos empreendedores”, disse Moreira, enfatizando que “o principal aliado dessa transformação será a sociedade”.

Envolver os mais diversos setores da sociedade é um dos objetivos do programa Líder Solidário, que quer capacitar 50 mil voluntários em todo o país para, em 2003, ministrarem consultorias e darem apoio gerencial gratuitamente para até 600 mil pessoas interessadas em abrir seus próprios negócios.

O programa vai ter um investimento de cerca de R$ 10 milhões nos próximos três anos, para auxiliar a estruturação de 27 ONGs (organizações não-governamentais), uma em cada Estado do País, destinadas a organizar e difundir os trabalhos voluntários voltados para a consolidação das micro e pequenas empresas.

A maior parte dos novos negócios são fechados no Brasil antes dos primeiros dois anos de funcionamento por falta de orientação e dificuldade de acesso a linhas de financiamento. O Líder Solidários vai procurar trazer para esses empreendedores a experiência e o conhecimento de empresários, executivos, consultores e universitários, de forma a que possam vencer esses obstáculos.

“Há 30 anos, a Itália era o paraíso da economia subterrânea, construída pelos empresários informais como uma forma de defesa diante do ambiente hostil. Foram esses mesmos empresários mal vistos que se transformaram em atores da mudança do país. Nós podemos fazer isso no Brasil”, disse o presidente do Sebrae.

A presidente da Parceiros Solidários, Maria Helena Johannpeter, presente na solenidade, disse que o idealismo dos voluntários de sua ONG é semelhante ao espírito de empreendedorismo dos idealizadores e dos futuros participantes do programa Líder Solidário.

“O idealismo, para ser eficiente, tem que buscar resultados, avaliar os alcances de suas ações, assim como fazem os movidos pelo espírito empreendedor”, afirmou Maria Helena, para quem o sucesso do trabalho voluntário depende do envolvimento emocional de seus participantes.

“O líder solidário carrega consigo o verdadeiro significado da palavra solidariedade, que acontece quando o coração do voluntário está presente na ação social que ele desempenha”, disse a presidente dos Parceiros Voluntários.