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Serviço dá orientação para obter o ISO 9001

Guarulhos, 25 de março de 2002

A ACSP (Associação Comercial de São Paulo) está oferecendo um serviço de consultoria para empreendedores que querem obter o certificado de qualidade ISO 9001 para a empresa. O programa foi desenvolvido em conjunto com a Ideq Treinamento e Consultoria Empresarial, de São Paulo, e tem por objetivo diminuir os custos da certificação. “O valor das despesas com consultores está entre os motivos pelos quais muitos comerciantes desistem do ISO 9001”, afirma Milton Godoi, responsável pelo setor de qualidade da ACSP. O serviço da Associação, em geral, custa 25% menos que o prestado pelas consultorias. “O preço que um empresário ia pagar sozinho é rateado com o grupo. Quanto maior o número de participantes, mais barato fica”, afirma Godoi.

O programa funciona da seguinte forma: primeiramente, a Associação promove uma reunião com os empresários interessados para explicar o que é o ISO 9001. “Procuramos esclarecer as dúvidas e apontar as vantagens da empresa que tem certificação”, Godoi. Depois da primeira reunião, os comerciantes que se decidirem pela implantação do ISO 9001 passam a ser assessorados pelos consultores da Ideq. Hoje, os empresários empenhados em conseguir o certificado têm três objetivos: usar a certificação como marketing, cumprir as exigências dos clientes e utilizar o ISO como elemento para organizar melhor o negócio.

Na empresa, a primeira atitude é treinar pessoas, em geral, gerentes e coordenadores de setores, para iniciar o processo de certificação. “Para que as informações cheguem a todos os funcionários, treinamos pessoas com cargo de chefia que vão designando as tarefas”, diz Cesar Ken Mori, consultor e diretor da Ideq. A identificação dos processos da empresa é o passo seguinte. Na área de compra, por exemplo, os funcionários têm que apontar o caminho do pedido dentro da empresa. Os consultores também fazem um mapeamento dos dados para apontar onde há problemas. “Nesse ponto é possível saber, por exemplo, se existem duas pessoas fazendo o mesmo trabalho sem necessidade”, afirma Mori. Detectados os problemas, a empresa passa para a etapa final. Os consultores indicam os ajustes que devem ser feitos e fazem uma pré-auditoria. “A partir daí, se estiver tudo certo, basta chamar a certificadora, que vai fazer uma auditoria”, diz Mori.

Da primeira reunião até a última editoria, o tempo gasto fica entre dez e 12 meses. O primeiro grupo de empresários a participar do programa da Associação estão na fase final do processo. Sete empreendedores devem ter a certificação até o mês de junho deste ano. Segundo Carlos De Lena, dono da Remarca (Registros de Marcas e Patentes e Registros de Produtos no Ministério da Saúde), de São Paulo, e um dos participantes do programa, usando o serviço da associação a economia com consultoria foi de cerca de 20%. O empresário gastou R$ 12 mil para pagar os consultores. A empresa de De Lena vai ser a primeira do segmento de registro de marcas e patentes no País a conseguir a certificação de qualidade.

Cláudia Marques