A exportação e a internacionalização de empresas são assuntos que estão em evidência nos últimos tempos. O Brasil passa por um momento crítico em sua economia afetando todo o mercado interno e reduzindo a capacidade das empresas assegurarem sua sobrevivência. Uma das alternativas rentáveis é a exportação, parte do processo de internacionalização. De fato, é uma das formas mais eficazes para as empresas.
Temos interessantes exemplos de muitas empresas que alavancaram seu crescimento com a ferramenta da exportação. Além de aumento no seu faturamento, essas empresas também cresceram em volumes de vendas; em melhoria nos níveis de competitividade no mercado doméstico; crescimento de participação (market-share); conhecimento de novas tecnologias; e otimização de sua capacidade ociosa.
Todas as vantagens demonstram ser animadoras, no entanto, faz-se necessário ponderar os seguintes fatores:
Em nível financeiro, os processos iniciais de vendas internacionais podem não ser tão favoráveis. Ambos – exportador e importador, ou vendedor e comprador internacionais – devem ser cuidadosos em toda a etapa do processo de exportação-importação, o que implica custos de curto-prazo não estimados no processo, que podem ser revertidos ao longo da relação de confiança que se construirá entre as partes em futuros processos.
Exportar requer investimento por parte das empresas, já que exige adaptações nos produtos exportados (físicas, de comunicação, embalagem, documentação etc.). Não se esqueça das diferenças culturais entre os países.
Alguns desafios no processo de exportação
Sua empresa necessitará de equipe com algum nível de especialização na sistemática de comércio exterior, capacidade de se comunicar em inglês ou espanhol (os principais idiomas do comércio exterior em nossa região). Como alternativa, muitas empresas podem iniciar seus contatos e comunicação com clientes potenciais através das Comerciais Exportadoras – empresas especializadas em prover serviços de apoio e suporte no desenvolvimento de novos mercados, na comunicação com clientes externos e na coordenação do trâmite comercial.
Muitas vezes, os novos exportadores não se dão conta de situações arriscadas a seus negócios com clientes fora do país, por exemplo, greve de fiscais da Receita Federal, ou em Portos ou Aeroportos; tempo de trânsito mal planejado junto às companhias áreas e/ou marítimas; erros de documentação etc, levando a demoras e deteriorando o processo de exportação.
Para ampliar os negócios da sua empresa para o mercado exterior, é necessário emitir o certificado de origem. Quer saber sobre como funciona esse processo? Veja aqui.
por José Roberto Vitorelli – diretor de Comércio Exterior da ACE-Guarulhos
