Sudeste e Centro-Oeste terão meta de 12%
A GCE (Câmara de Gestão da Crise de Energia) anunciou hoje uma redução na meta do racionamento para as regiões Sudeste e Centro-Oeste de 20% para 12%. A nova meta passa a valer a partir do dia 1º de dezembro.
A nova meta é válida somente para residências e comércio. Não haverá mudanças para o setor industrial.
A Câmara também decidiu reduzir a meta dos Estados do Norte interligado (abastecidos pela usina de Tucuruí) do racionamento para 5%. Mas, para o Nordeste, a meta caiu de 20% para 17%.
A GCE (Câmara de Gestão da Crise de Energia) passou o dia reunida para analisar os últimos dados sobre a economia de energia e a situação dos reservatórios.
Ontem, a economia de energia em todas as regiões foi de apenas 10%. No acumulado do mês a economia nessas regiões é de 17,2% (Sudeste/Centro-Oeste) e 13,1% (Nordeste). Somente o Norte está próximo da meta de 20%, com uma economia de 19,6%.
Os reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste alcançaram ontem a maior folga em relação à previsão inicial do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), de 9,14 pontos percentuais, chegando a 21,87% de sua capacidade. No Nordeste a folga é de apenas 2,47 pontos, com 7,4% da capacidade.
Enquanto a afluência (quantidade de água das chuvas que entra nos reservatórios) permanece acima da média no Sudeste, ela continua no pior nível dos últimos 70 anos no Nordeste.
Segundo um estudo apresentado pelo ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) ao governo, seria possível reduzir o racionamento do Sudeste/Centro-Oeste para 5%. Mas essa meta está sendo criticada por setores privados e até por técnicos do governo, que acreditam que uma meta de 10% traria mais segurança ao sistema.
A redução só é possível porque o governo já contratou 1.000 MW de energia emergencial (gerada por usinas móveis) para a região, o que corresponde a 5% do consumo atual. Além disso, as chuvas de verão devem ajudar na recuperação dos reservatórios.