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Supermercados garantem manutenção de preços

Apesar da disparada do dólar, a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) garante que os preços ao consumidor não vão subir, por enquanto. O presidente da associação, José Humberto Pires de Araújo, afirma que os supermercados ainda têm estoques para 60 dias e que não sofreram nenhuma pressão das indústrias para remarcação de preços até o momento.

“Os importados correspondem a 1% das vendas dos supermercados. Produtos como bebidas em geral, azeite e queijos importados devem sofrer repasses imediatos da alta do dólar”, alerta. Ele ressalta que o reflexo da alta do dólar deve ser sentido em setembro, na hora da renovação de estoques.

Pires de Araújo diz que os preços vão subir de acordo com o comportamento dos setores da indústria frente à variação cambial e ao comportamento das vendas. “As vendas estão em queda. Por isso negociamos as margens de lucro com cada setor para evitar que o consumidor compre cada vez menos”, explica. No primeiro semestre, os supermercados registraram queda de 2% nas vendas, comparadas ao mesmo período de 2001.

Os produtos das importadoras, principalmente bebidas e alimentos, também já sofreram alguns reajustes neste ano por causa das altas da moeda norte-americana. Nas importadoras e lojas de importados, o dólar está valendo, em média, R$ 2,70 para o consumidor. Essa cotação só está sendo utilizada porque as empresas possuem um estoque de produtos que foram negociados antes da alta do dólar verificada nos últimos dias.

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