Começaram as reações contra a aprovação do Projeto do IPTU progressivo, que chegou na noite de segunda-feira à Câmara dos Vereadores de São Paulo. O líder do PSDB na Câmara, vereador Gilberto Natalini, garantiu que seu partido vai se articular com outras legendas para tentar barrar o quanto for possível o projeto da prefeita Marta Suplicy (PT), que precisa ser aprovado até 31 de dezembro próximo para que as alterações propostas possam entrar em vigor em 2002. Essa busca de formar uma frente contra o IPTU progressivo começou a tomar corpo ontem de manhã, com um convite feito pelo vereador Ricardo Montoro (PSDB) a vários parlamentares e a entidades empresariais também contrárias ao projeto. Montoro sugeriu aos líderes empresariais que formem imediatamente uma comissão para visitar pessoalmente, um a um, os vereadores, mostrando os perigos e prejuízos embutidos no projeto da prefeita.
A reunião contou com vereadores do PPS, PTB e PFL e representantes das entidades que integram o Grupo dos 7, entre elas, a Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Federação do Comércio (Fecom), Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Alshop (Associação Brasileira de Lojistas de Shopping Centers) e Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrace). Apoio total – O esforço para tentar barrar a aprovação do projeto do IPTU progressivo já havia sido incentivado por líderes empresariais, reunidos na noite desta segunda feira, na reunião Plenária da Associação Comercial de São Paulo.
O presidente da Entidade, Alencar Burti, enfatizou na ocasião a importância da participação de todos os superintendentes das 15 distritais da Associação. Os empresários reafirmaram seu apoio irrestrito à luta que vem sendo travada por Burti contra o projeto, sendo que muitas distritais já começaram a alertar os vereadores de suas regiões para as conseqüências negativas do projeto, entre elas, o aumento do desemprego, quebradeira de micro e pequenas empresas e fuga de empresas de São Paulo para municípios vizinhos. Para Alencar Burti a isenção feita de uma maneira apressada, sem consulta à sociedade civil, poderá tranformar uma parcela da população em cidadãos de segunda classe. “É preciso estudar bem o assunto da isenção para não se cometer injustiças”, disse o presidente da Facesp. Burti admite que carnês economicamente inviáveis não devem ser cobrados. Eles poderiam ser enviados aos moradores, mas considerados quitados.