ACE-Guarulhos

Varejo faz de tudo para driblar crise das vendas para o Dia das Mães

As grandes redes varejistas estão tirando da manga todas as cartas possíveis para driblar a crise das vendas do Dia das Mães, considerada a data mais importantes do ano para o comércio depois do Natal.

A Casas Bahia, por exemplo, ampliou de R$ 500 para R$ 600 o limite de crédito para os consumidores sem capacidade para comprovar renda.

Outra estratégia da rede é parcelar em até dez vezes “sem juros” todas as linhas de produtos, com exceção do segmento de móveis, onde as compras podem ser divididas em até 15 vezes também “sem juros”. A política de venda a prazo “sem juros” é contestado pelos Procons, que alegam que as taxas estão embutidas no preço final do produto.

Além disso, o consumidor que comprar um móvel de presente para o Dia das Mães vai pagar a primeira prestação do crediário depois da Copa, vai ganhar uma cesta-básica e apólice de seguro-desemprego com uma cobertura de crédito de R$ 600.

As redes Extra e Eletro _pertencentes ao grupo Pão de Açúcar_ também estão parcelando algumas linhas de produtos em até dez vezes “sem juros”. Esse é o caso do DVD CCE, que será vendido por R$ 499 durante a campanha de Dia das Mães e poderá ser pago em dez parcelas “sem juros”.

Outros produtos poderão ser parcelados em até 25 vezes, mas nesse caso haverá cobrança de juros dependendo do prazo de financiamento da compra.

Para atrair cliente com dificuldade de crédito no mercado, por estar com o nome sujo nas listas negras do comércio, a rede Eletro parcela as compras desse tipo de consumidor. Mas essa facilidade só vale para os clientes considerados bons pagadores.

O Ponto Frio, por sua vez, está parcelando algumas linhas de produtos em dez parcelas “sem juros”. Nas compras acima de R$ 30, o cliente concorre a um kit-Copa, que inclui um DVD.

Tanto esforço da rede varejista faz sentido. O economista da ACSP (Associação Comercial de São Paulo), Emílio Alfieri, acredita que as vendas para o Dia das Mães de 2002 cresçam em torno de 2% a 3% em relação ao ano passado. Esse desempenho é bem tímido, levando em conta que em 2001 as vendas do período registraram um crescimento médio de 7% na comparação com 2000.

Segundo ele, o crescimento esperado de vendas reflete mais o esforço de vendas da rede varejista do que a conjuntura econômica atual. “As lojas estão fazendo de tudo para vender mais. Existe promoção em todo lugar. Se esse esforço não for feito, o consumidor não será estimulado a comprar nada.”

FABIANA FUTEMA

Sair da versão mobile