Venda direta cresce 15% ao ano
As empresas que trabalham com vendas diretas acreditam que este é um mercado ainda pouco explorado no País. “Ainda há espaço para muita gente no setor, são muitos domicílios por revendedora”, confirma Lírio Cipriani, diretor da Avon.
O Brasil é o maior mercado em revendedoras da empresa e o segundo em faturamento, atrás apenas dos Estados Unidos.
A Avon pretende manter o crescimento do ano passado, em torno de 15% no faturamento e 9% na representatividade. Em 2001, o comércio de produtos via venda direta no Brasil cresceu 10,5%, segundo a Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas (Abevd), e empresas como Avon e Amway afirmam que ainda há espaço no mercado para ser explorado.
Para este ano, a Abevd acredita que o segmento mantenha o mesmo ritmo de crescimento que tem apresentado, em torno de 10% a 15%.
“A venda direta é um setor que se desenvolve através do relacionamento e mesmo em tempos de crise, sempre existe”, diz ele. A Avon, líder e pioneira em vendas diretas de artigos de beleza no mundo e no Brasil, iniciou a comercialização de seus produtos no País em 1959.
Um exército de 730 mil revendedoras responsáveis por 99% do faturamento de R$ 2,2 bilhões no ano passado, um crescimento de 15% na comparação com o ano anterior.
Ricardo Tanaka, gerente-geral da Amway no Brasil, diz que as vendas diretas são negócio muito bem aceito no Brasil por criar oportunidades de complementação de renda para os distribuidores. “Esperamos crescer à ordem de vinte por cento em relação ao ano passado”, afirma o gerente-geral.
No Brasil desde 1991, a Amway tem sua linha de 450 produtos de cosmética, cuidados pessoais e nutrição comercializada por 50 mil representantes. As vendas on-line somam 23% do seu faturamento.
Letícia Volponi